O pensar da criança com TEA.
O pensar da criança com TEA vai se estruturando de um modo singular com características básicas que envolvem sensações, sentimentos, ações únicas e singulares desde o início de sua vida, desde o momento de sua concepção, isso será colocado em evidência de diferentes maneiras ao longo de seu crescimento, de acordo com os diferentes estágios evolutivos que se referem aos modos de aproximação aos objetos, a partir de modos específicos de contato – ou ausência de contato.
Muitas vezes, há dificuldades no registro do campo objetal, evidenciadas na dificuldade de organização percentual ou nas dificuldades com sentir, com olhar etc… tudo isso vai formando o pensamento específico de uma criança com autismo. Do mesmo modo compreende-se como será a aprendizagem.
Desse modo é muito importante estabelecer um vínculo comunicacional com o jogar singular da criança com autismo, para poder começar a construir espaços de aprendizagem.
Lembre-se: nenhuma aprendizagem é possível se não houver nenhuma base lúdica, se não houver prazer, se o espaço não é dado ao jogar.
“Jogar” é conceitualmente diferenciado de “jogo”, pois o jogo é o concreto, o jogar é imprevisto.
Por exemplo, não é necessário que haja objetos concretos para jogar: pôde-se jogar sem bola, sem boneca, sem computador etc. O jogar é único, mas os jogos em mudança podem ser semelhantes:cada criança jogará os mesmos jogos, porém, cada uma à sua maneira, de acordo com o seu jeito.
Da mesma forma pode- se aprender com ou sem lápis, caderno, computador, etc.. os objetos utilizados para o ensino aprendizagem podem ser muito benéficos e cada criança utilizará de um modo distinto. Os mesmos objetos que são empregados de um significado diferente, portanto, espera-se que, ao utilizá-los, contemplem-se os modos especiais de aprender de cada criança.
Além disso, quando se aprende, sente-se prazer. Se isso não acontecesse, estaríamos na presença do que se denomina “Dificuldade de aprendizagem”.