Prejuízos nas Funções executivas podem impactar na aprendizagem acadêmica.

Os prejuízos nas funções executivas podem afetar significativamente a aprendizagem de leitura, escrita e matemática. Essas funções envolvem habilidades como planejamento, organização, controle inibitório e flexibilidade cognitiva. Indivíduos com dificuldades nessas áreas podem enfrentar desafios na elaboração de estratégias para abordar tarefas acadêmicas, resultando em dificuldades na compreensão de textos, na expressão escrita e no raciocínio matemático. O suporte psicopedagógico visa desenvolver essas habilidades, promovendo uma abordagem mais eficaz e adaptativa para a aprendizagem.

Mas afinal, o que são Funções Executivas?

As funções executivas são um conjunto de habilidades cognitivas superiores que controlam e regulam o comportamento humano, permitindo o planejamento, a organização, a tomada de decisões, o controle inibitório, a flexibilidade cognitiva e a autorregulação emocional. Essas funções são essenciais para o desempenho eficaz em tarefas complexas, aprendizado acadêmico, resolução de problemas e interações sociais. Prejuízos nas funções executivas podem impactar negativamente o funcionamento diário e a capacidade de lidar com desafios diversos.

Como identificar se meu filho tem problemas de funções executivas?

Identificar problemas nas funções executivas pode envolver a observação de comportamentos e avaliações específicas. Alguns sinais indicativos podem incluir:

  1. Dificuldades na Organização: Pessoas com problemas executivos podem ter dificuldades em organizar tarefas, materiais e tempo.
  2. Falta de Controle Inibitório: Comportamentos impulsivos e dificuldade em inibir respostas inadequadas podem ser indicativos.
  3. Problemas de Planejamento: Dificuldade em criar planos eficazes para atingir objetivos específicos.
  4. Rigidez Cognitiva: Resistência à mudança ou dificuldade em se adaptar a diferentes situações.
  5. Desafios na Resolução de Problemas: Dificuldade em abordar problemas de forma estratégica e eficiente.

A avaliação por profissionais qualificados, como psicólogos, neuropsicólogos ou psicopedagogos, é fundamental para uma compreensão mais precisa. Testes neuropsicológicos e observação clínica são comumente usados para diagnosticar problemas específicos nas funções executivas. Se houver preocupações, buscar a orientação de um profissional de saúde ou educação é a abordagem mais apropriada.

Crianças que apresentam transtorno de aprendizagem podem apresentar prejuízos em Funções executivas?

Sim, é possível que crianças com transtornos de aprendizagem apresentem prejuízos em funções executivas. Os transtornos de aprendizagem, como dislexia, discalculia e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), muitas vezes estão associados a dificuldades nas habilidades executivas.

Por exemplo, crianças com dislexia podem enfrentar desafios na organização de informações, planejamento de tarefas de leitura e escrita. Já crianças com discalculia podem ter dificuldades na organização de conceitos matemáticos e resolução de problemas. O TDAH, por sua vez, frequentemente está relacionado a prejuízos no controle inibitório, na atenção sustentada e na autorregulação emocional, que são aspectos das funções executivas.

A avaliação por profissionais qualificados pode ajudar a identificar essas dificuldades específicas e orientar intervenções educacionais e psicopedagógicas direcionadas.

Recomendações de alguns de dados e periódicos científicos onde você pode encontrar informações atualizadas sobre funções executivas:

  1. PubMed: Uma vasta base de dados de artigos científicos na área de medicina e saúde, incluindo neuropsicologia.
  2. PsycINFO: Uma base de dados abrangente de literatura em psicologia e disciplinas relacionadas.
  3. ScienceDirect: Oferece acesso a uma ampla gama de periódicos científicos revisados por pares.
  4. Frontiers in Psychology: Uma revista de acesso aberto que abrange várias subáreas da psicologia, incluindo neuropsicologia.
  5. Journal of Cognitive Enhancement: Concentra-se em pesquisas sobre métodos para aprimorar o desempenho cognitivo, incluindo intervenções nas funções executivas.

Ao usar essas fontes, é recomendável buscar por termos como “funções executivas”, “neuropsicologia” e áreas específicas de interesse para encontrar estudos relevantes. Certifique-se de acessar artigos revisados por pares para garantir a qualidade e confiabilidade das informações.

Recomendações de livros e artigos traduzidos:

  1. Funções Executivas – Neuropsicologia Cognitiva e Comportamental”* – Elizeu Coutinho de Macedo.
  2. Neuropsicologia e Aprendizagem: Avaliação e Intervenção nas Dificuldades Escolares” – Ana Beatriz Barbosa Silva.

Artigos:

  1. “Desenvolvimento das Funções Executivas: Uma Revisão Sistemática” – Dias, N. M., & Seabra, A. G.
  2. “Avaliação das funções executivas em crianças: um estudo piloto” – Oliveira, A. B., & Capellini, S. A.

Recomendações de livros e artigos em inglês:

  1. “Executive Functions: What They Are, How They Work, and Why They Evolved”* – Russell A. Barkley.
  2. “The Executive Functions and Self-Regulation: An Evolutionary Neuropsychological Perspective” – Thomas E. Brown.
  3. Smart but Scattered: The Revolutionary “Executive Skills” Approach to Helping Kids Reach Their Potential” – Peg Dawson and Richard Guare.
  4. Executive Function in Education: From Theory to Practice” – Lynn Meltzer.

Artigos:

  1. “Executive Functions: Definitions, Assessment, and Educational Implications” – McCloskey, G., Perkins, L. A., & Van Divner, B.
  2. “The Unity and Diversity of Executive Functions: A Systematic Review and Re-analysis of Latent Variable Studies” – Miyake, A., & Friedman, N. P.
  3. “The Role of Executive Functions in Reading Comprehension” – Swanson, H. L., & Jerman, O.
  4. “Contributions of Executive Function and Spatial Skills to Preschool Mathematics Achievement” – Bull, R., Espy, K. A., & Wiebe, S. A.

Ao buscar esses títulos, você pode encontrá-los em livrarias, bibliotecas ou em plataformas online especializadas em publicações acadêmicas. Lembre-se de verificar a disponibilidade e os meios de acesso a esses materiais.

Amália Gato. Psicopedagoga. Pós Graduada em Neuropsicopedagogia. Reabilitação Neuropsicológica Infanto Juvenil. Autismo/ABA. Especialista em Mediação da Aprendizagem e Mediadora PEI (Programa de Enriquecimento Instrumental). PECS (Sistema de Comunicação por Trocas de Figuras). Tutora Cogmed Credenciada no Brasil. Certificação em Neurofeedback. Palestrante. Supervisora e Mentora de professores e psicopedagogos. Proprietária da Ludus Reaprender: núcleo de desenvolvimento e aprendizagem.

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